INTRODUÇÃO
O
mundo atual é totalmente dependente de sistemas de software em todos os ramos
da sociedade. O funcionamento efetivo da economia e da política modernas estão
intimamente ligados a nossa capacidade, enquanto desenvolvedores, de criar
softwares de qualidade. O desenvolvimento de sistemas constitui a atividade de
criação ou de modificação de uma sistemática de negócio já existente, que
abrange desde a identificação de problemas ou oportunidades a serem solucionados
até o aproveitamento da implementação e do refinamento da solução escolhida.
Isto afeta todos os aspectos do desenvolvimento do projeto, utilizando modelos
para os processos e metodologias de desenvolvimento.
A
combinação de partes coordenadas, de modo que concorram para a realização de um
conjunto de objetivos é um sistema.
Neste
projeto, iremos apresentar algumas considerações sobre o objetivo da utilização
e desenvolvimento dos Sistemas de Informação nas Organizações, exibindo
informações sobre as necessidades do desenvolvimento e utilização dos sistemas,
os objetivos totais do sistema, o ambiente do sistema, recursos, componentes e
administração do sistema.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Organização Empresarial no Contexto de um SI
2.1.1
Vantagens para a Organização
A transformação dos dados em informação é a principal
função de um SI. Dentro de uma orientação de SI, os dados se tornam informação
quando são a base sobre a qual possam ser tomada decisões eficientes e
eficazes. A informação é usada para aumentar a probabilidade de que a decisão
correta seja tomada. No contexto empresarial, o SI orienta a tomada de decisão
nos 3 diferentes níveis: operacional, tático e estratégico. A informação deve
ser recebida em tempo hábil para proporcionar as representações desejadas. Pode
ser que haja informações que não são mais necessárias após certo tempo.
Em uma empresa, os sistemas se desenvolvem em 2
dimensões:
Vertical: componentes da empresa.
Horizontal: níveis
de decisão na empresa.
Nível Estratégico: gerência
de alto nível e planejamento a longo prazo pela organização. Decisões
estratégicas: ocorrem nos altos escalões da empresa, geram atos cujos efeitos
são duradouros e difíceis de serem modificadas.
Presidente da
companhia de petróleo: que novas fontes nossa companhia pode utilizar?
Deveríamos desenvolver linhas alternativas em nossas negociações
para ficarmos menos dependentes do setor de energia?
Secretário de
Estado: que tipo de aliança produzirá melhores resultados,
assegurando uma defesa forte contra nossos concorrentes? O que significa o
último movimento militar no país X em termos de estratégia global?
Informações para planejamento estratégico e alto
controle, são obtidas dos outros níveis de tomada de decisão.
Nível tático: supervisão
e planejamento de atividades rotineiras (atividades de gerência por um
determinado período).
Decisões táticas: ocorrem
nos escalões intermediários da empresa e geram atos de efeito a prazo mais
curto, tendo menos impacto no funcionamento da empresa.
Nível Operacional:
atividades de trabalho ou tarefas de rotina da organização.
Decisões
operacionais: ligadas ao controle operacional da empresa, visando
alcançar os padrões de funcionamento pré-estabelecidos.
2.1.2
Processo de Software nas Organizações
Um processo
de software é um conjunto de atividades e resultados associados que geram um
produto de software. Essas atividades são, em sua maioria, executadas por
desenvolvedores sistemas.
Há 4
atividades fundamentais no processo de software:
1.
Especificação do Software – definição de requisitos e análise de requisitos – a
funcionalidade do software e as restrições em sua operação devem ser definidas.
2.
Desenvolvimento do Software – projeto e implementação - o software deve ser
produzido de modo que atenda a suas especificações.
3. Validação
do software – integração e teste - o software tem de ser validado para garantir
que ele faz o que o cliente deseja.
4. Evolução
do software – o software deve evoluir para atender às necessidades mutáveis do
cliente.
2.1.3
Organização
É uma
estrutura social estável e formal que retira recursos do ambiente e os processa
para processa para produzir resultados. Essa definição foca três elementos:
capital e trabalho são os fatores primários de produção fornecidos pelo
ambiente. A organização
(empresa)
transforma essas entradas em produtos e serviços por meio de uma função de
produção. Os produtos e serviços são consumidos pelos ambientes, que os
devolvem como entradas de suprimento.
Características
Estruturais de todas as Organizações: clara divisão de trabalho, hierarquia,
regras e procedimentos explícitos, julgamentos imparciais, qualificações
técnicas para cargos, máxima eficiência organizacional.
As
organizações podem influenciar o uso de tecnologia de informação (TI)de diversas
maneiras:
a) por meio
de decisões sobre as configurações técnicas e organizacionais dos sistemas.
b) Pelas
decisões sobre quem irá projetar, montar e manter a sua infra-estrutura de TI –
essas decisões determinam como os serviços de TI serão entregues.
Departamento
de Sistemas de Informação – é o responsável pelos serviços tecnológicos –
manutenção de equipamentos (hardware), programas (software), armazenagem de
dados e redes que compreendem a infra-estrutura de TI da empresa. Esse
departamento é composto por especialistas como: programadores, analistas de
sistemas, lideres de projeto, gerentes de
SI. Muitas
empresas têm um executivo-chefe de informática no comando de um departamento de
SI.
Usuários
finais – são representantes de departamentos externos ao grupo de sistemas de
informação para quem as aplicações são desenvolvidas.
Há dois tipos
de Organização:
a) Informal:
surge naturalmente como fruto da interação social dos seus membros. Podem
existir muitas dentro da empresa. A liderança está ligada mais às qualidades
pessoais do indivíduo do que à posição hierárquica dentro da empresa.
b) Formal
Estrutura Organizacional é concebida como o agrupamento das atividades
necessárias para realizar objetivos e planos, a atribuição dessas atividades e
setores especializados, a delegação e coordenação da autoridade.
2.1.4
Recursos envolvidos no desenvolvimento de SI nas organizações
Todos os
sistemas têm ciclo de vida bem definido, ou seja, todos eles passam pelos
estágios de:
• Concepção:
enfoca a questão “o que?” – o que é o sistema.
Engloba:
análise do sistema
Planejamento
do projeto de software
Análise
de requisitos
• Desenvolvimento:
enfoca a questão “como” – como implementar o sistema
Engloba:
projeto de software
Codificação
Testes
• Manutenção:
enfoca “mudanças” – no sistema e no ambiente
Engloba:
correção
Adaptação
Expansão
3- Desenvolvimento
3.1 - Ferramenta
Case
3.1.1 –
Surgimento
Na década
de 1950, um grupo de engenheiros
mecânicos e elétricos utilizavam ferramentas manuais rudimentares na elaboração
de seus projetos, como calculadoras mecânicas, réguas de cálculo, lápis, entre
outros. Uma década após, esse grupo começou a experimentar a engenharia baseada
em computador, mas ainda com a relutância de alguns membros. Já na década de
1970, todos as fórmulas matemáticas e algoritmos de que o engenheiro
necessitava estavam num grande conjunto de programas de computador, onde se
tornou inevitável a adoção de tais ferramentas por essas pessoas, atraídas pela
eficiência de seus resultados. Assim nasceram as Ferramentas CAD (Computer -
Aided Design), utilizadas até hoje no campo da engenharia. Ainda na mesma
década, uma variante dessas ferramentas emergiria para abalar o processo de
desenvolvimento de software. As ferramentas CASE (Computer-Aided Software
Engineering), como foram denominadas, tinham como objetivo automatizar
atividades manuais pré-codificação, como Diagramas de
Entidade-Relacionamento(DER) e Diagramas de fluxo de dados (DFD).
3.1.2 –
Características
Uma ferramenta
case possui como base as seguintes características:
- Armazenamento não redundante de objetos do projeto.
- Acesso de alto nível.
- Independência dos dados físicos.
- Controlo de transações.
- Segurança.
- Consultas e relatórios ad-hoc.
- Mecanismos de exportação/ importação.
- Suporte multi-utilizador.
- Armazenamento de estruturas de dados sofisticadas.
- Imposição de integridade.
- Interface de ferramentas ricas em termos semânticos.
- Gestão de processos e projetos.
- Versões, gestão de dependências, controle das mudanças.
- Acompanhamento de requisitos.
- Auditorias.
3.1.3 –
Classificação
As ferramentas CASE podem ser classificadas:
- pelo seu uso nas várias etapas do processo de
Engenharia de Software;
- por função, ou seja, por seus papéis como
instrumentos para os profissionais da área de informática;
- pela arquitetura do ambiente que as suporta;
- pelo seu preço
3.1.4 –
Requisitos
A captura dos requisitos
do sistema junto ao usuário é um pouco diferenciada pois, os usuários de ferramentas CASE são
desenvolvedores sendo assim não são tão
bem definidos quanto os usuários de um aplicação comum.
Membros de equipes de marketing também
auxiliam no processo, pois se trata de um produto dirigido a “mercado”.
O processo desta fase se
dá basicamente por meio de atividades macro:
- Análise do mercado
- Análise de documentação
de ferramentas similares existentes
- Testes sobre as
ferramentas similares existentes
- Elaboração e aplicação
de questionários (na forma de ciclo de questões) que deverão ser respondidos
pelos desenvolvedores e pessoal de marketing
3.1.5 – Arquitetura
Uma ferramenta CASE deve ser flexível,
com arquitetura modular para facilitar sua configuração para diferentes
propósitos. A arquitetura deve ser baseada em:
- Componentes: que representam os
subsistemas principais e objetos da ferramenta;
- Mecanismos de interação (tecnologia
de integração): que representam a forma como os componentes interagem, trocam
informações e afetam uns aos outros;
3.1.6 Custos
Aquisição de produtos CASE (hardware, software e recursos
de rede).
Treinamento
da equipe no uso de ferramentas CASE e no uso da metodologia de engenharia de
software.
Adaptação
das ferramentas CASE para atender aos padrões e procedimentos existentes.
Custos
contínuos para a aquisição e instalação de novos releases do software.
3.1.7 Benefícios
Este
tipo de ferramenta possui como benefícios um aumento na capacidade das pessoas
de garantir a qualidade com a continua melhoria do processo de desenvolvimento,
além da produção de sistemas com maior
qualidade, de fácil manutenção, com uma documentação melhor e uma
redução nos custos.
4 – Conclusão
Os Sistemas de Informação são peça fundamental para
as empresas, não apenas na elaboração de relatórios, mas fazem parte de todos
os departamentos e atividades da companhia, desde o simples controle até a
confecção de planos estratégicos complexos. Tudo que acontece, todos processos,
são regidos por um sistema, que pode ou não ser informatizado. Mais uma vez,
deve ser considerada a importância do administrador nesse processo, que é nada
menos que vital para a corporação.
Mais do que um modismo, a tecnologia deve ser
compreendida como uma ferramenta, um dos diversos métodos para assegurar
qualidade, competitividade, redução de custos e principalmente, satisfazer os
desejos e anseios dos clientes, que são a verdadeira razão de ser das empresas.
Bibliografia:
Anacleto,
Junia Coutinho. Universidade Federal de
São Carlos. Disponível em: http://www.dc.ufscar.br/~junia/index-isi.htm. Acesso em 13/10/2006
Anquetil,
Nicolas. Disponível em htt://mestradoinfo.ucb.br/prof/anquetil/disciplinas.html
Acesso em
13/10/2006
Moresi,
Eduardo Amadeu. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01009652000000100002&lng=es&nrm=iso
Acesso em
13/10/2006
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